O céu da ilha da Sicília, na Itália, ganhou um cenário impressionante e assustador nesta segunda-feira (2). O Vulcão Etna, o maior e mais ativo da Europa, entrou em erupção, lançando uma gigantesca nuvem de cinzas, rochas e gases que pôde ser vista a quilômetros de distância.
Entre os que testemunharam o fenômeno de um ângulo privilegiado está o piloto brasileiro Rafael Santoro, de 39 anos, que sobrevoava a região quando o alerta soou no painel do avião: atividade vulcânica ativa na rota.
“Saiu no nosso plano de voo que temos uma erupção vulcânica na Itália. A gente não pode passar dentro da nuvem, só acima dela. Ela está a 18 mil pés e nós estamos a 39. Nunca tinha visto um vulcão assim. Impressionante!”, relatou Santoro, que pilotava um voo entre Barcelona (Espanha) e Doha (Catar).
Céu tomado por fumaça
O registro feito pelo piloto mostra a enorme coluna de fumaça se erguer a quase 5.500 metros de altitude. O fenômeno foi causado, segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), pelo colapso de parte da cratera sudeste, o que gerou um fluxo de material vulcânico e uma nuvem que se espalhou em direção ao sudoeste da ilha.
Risco para a aviação
A situação acendeu o alerta vermelho na aviação italiana. Embora o aeroporto de Catania continue operando, voos que cruzam a região estão sendo monitorados rigorosamente, já que as cinzas vulcânicas representam sérios riscos para aeronaves. Quando entram nos motores a jato, as partículas podem derreter e causar desde falhas parciais até pane total.
Imagens de impacto
Além das imagens do piloto brasileiro, câmeras de segurança captaram o momento em que o material desaba de um dos flancos do Etna, espalhando rochas e cinzas pela encosta e assustando turistas que estavam no entorno da montanha.
O Etna, que costuma apresentar atividade frequente, voltou a lembrar o mundo da sua força e imprevisibilidade — um espetáculo da natureza que impressiona, mas também impõe respeito.