A onça-pintada responsável pela morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, em Mato Grosso do Sul (MS), segue em tratamento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) em Campo Grande. O felino foi capturado três dias após o ataque, ocorrido na última terça-feira (21), e seu estado de saúde é motivo de preocupação. Segundo o último boletim médico, o animal encontra-se abaixo do peso e com danos em seus órgãos vitais.
Embora o animal tenha sido encontrado em condições comprometidas, após a reabilitação e estabilização de sua saúde, ele não será devolvido diretamente à mata. Em vez disso, a onça será transferida para um recinto específico, que pode ser definitivo ou provisório, até que exames confirmem sua total recuperação e reversão da desidratação.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que o futuro do animal será discutido em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Uma decisão final será tomada com base nas diretrizes do Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio, que visa garantir a preservação da espécie nos diversos biomas do Brasil.
A onça será encaminhada para uma instituição especializada em fauna, e seu destino será alinhado com as estratégias de conservação da espécie, com o objetivo de evitar novos conflitos com humanos e preservar a biodiversidade local.