De acordo com veículos de comunicação italianos, que alegam ter fontes dentro da Santa Sé, o líder religioso teria enfrentado um grave acidente vascular cerebral (AVC) logo ao amanhecer. Vaticano declarou, nesta segunda-feira (21), a morte do papa Francisco, que tinha 88 anos.
Ainda não existe uma confirmação oficial por parte do Vaticano sobre a condição cerebral que afetou o santo padre ou sobre a natureza do derrame que atingiu o chefe da Igreja Católica.
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília, esclarece que o AVC é uma situação médica de urgência e possui duas principais variedades. A forma mais frequente é o AVC isquêmico, que acontece quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é bloqueado. Por outro lado, o AVC hemorrágico acontece quando um vaso sanguíneo se rompe, provocando hemorragia cerebral.
“No caso do tipo hemorrágico, a situação tende a ser mais crítica, pois o sangue que escapa danifica o tecido cerebral e pode aumentar de forma alarmante a pressão dentro do crânio, exigindo uma ação imediata”, esclarece Espíndola.
Ambas as modalidades impedem que o cérebro receba oxigênio e nutrientes, podendo resultar em lesões irreversíveis e potencialmente mortais.
Sinais incluem fraqueza e formigamento no rosto, braço ou perna, especialmente de um lado do corpo; Confusão mental, dificuldade em falar ou entender; Alterações na visão (em um ou ambos os olhos); Problemas de equilíbrio, coordenação, tontura ou alterações na forma de andar; Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente.
A neurologista Letícia Rebello, do Hospital Brasília, destaca três sinais cruciais que indicam o início de um AVC: assimetria facial, dificuldade na fala e perda de força em um dos lados do corpo.
“É fundamental estar atento aos sinais de AVC em pessoas idosas, pois detectar precocemente é vital para evitar o surgimento e a intensificação das sequelas, impactando diretamente o processo de recuperação”, afirma a médica.