29 de Maio de 2025, 09h:29 - A | A

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COMANDO VERMELHO

MC Poze do Rodo é preso no Rio de Janeiro por suspeita de ligação com facção criminosa

A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) investiga a ligação do artista com a cúpula da facção criminosa Comando Vermelho (CV), alegando que ele frequenta eventos de criminosos e realiza shows que poderiam estar ligados à lavagem de dinheiro

Da Redação



O cantor Marlon Brendon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi detido temporariamente nesta quarta-feira (28) por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. As investigações indicam uma forte conexão do artista com líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Segundo a DRE, o funkeiro é frequentemente visto em eventos organizados por criminosos em comunidades como o Complexo do Alemão e a Cidade de Deus, onde frequentemente são exibidos armamentos como fuzis.

Crime organizado e lavagem de dinheiro

As apurações da DRE apontam que Poze manteria um "elo sólido" com membros da facção, realizando shows que seriam, supostamente, contratados pelo CV. Essa prática, segundo os investigadores, fomentaria a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A polícia coletou provas contundentes que fundamentaram o pedido de prisão temporária do artista, baseando-se na sua ligação com os criminosos e no auxílio à propagação do nome da facção.

Carros de luxo e joias

Recentemente, MC Poze do Rodo celebrou nas redes sociais uma decisão judicial que determinou a devolução de veículos de luxo e joias apreendidos em uma operação da Polícia Civil em novembro de 2024. A decisão foi proferida pelo juiz Thales Nogueira, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, que aceitou parcialmente os pedidos da defesa de Poze e de sua esposa, Viviane.

O processo corre sob segredo de Justiça, mas sabe-se que entre os bens restituídos estão automóveis de alto valor, como uma Land Rover, uma BMW e um Honda HR-V, além de diversas joias.

As investigações policiais anteriores revelaram que o grupo ligado aos suspeitos realizava rifas de veículos e transferências via Pix, com valores que podiam chegar a R$ 200 mil. No entanto, no caso dos carros, a documentação não era repassada para os nomes dos supostos ganhadores. A polícia indicou ainda que os sorteios utilizavam parâmetros da Loteria Federal para dar uma aparência de credibilidade, mas que não havia um processo de auditagem oficial para verificar os vencedores, e a prática era considerada ilegal devido ao uso de um aplicativo "customizado com indícios de fraudes".

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