Donald Trump e Elon Musk selaram o fim da aliança nesta quinta-feira (5), trocando farpas nas redes sociais poucos dias após a saída oficial do bilionário do governo. A crise explodiu quando Trump, durante evento na Casa Branca, criticou Musk por se opor ao projeto de lei orçamentária em discussão no Congresso.
Trump afirmou que Musk já conhecia o plano e questionou se a relação entre os dois seguiria como antes. Musk rebateu no X, dizendo não ter sido informado e acusando Trump de ingratidão: “Sem mim, ele teria perdido a eleição.”
A resposta provocou ameaça imediata do ex-presidente, que disse poder encerrar contratos e subsídios de empresas como Tesla e SpaceX. Musk devolveu, ligando Trump ao escândalo Jeffrey Epstein.
Até então, o clima era de cordialidade, mesmo com tensões nos bastidores, como o incômodo de Musk com a política tarifária. Na sexta (30), Trump chegou a elogiar o trabalho do bilionário à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), responsável por cortes de gastos públicos. Musk, por sua vez, havia prometido economias bilionárias, mas os resultados ficaram abaixo do esperado — US$ 19 bilhões, frente à meta de US$ 2 trilhões.
Após 128 dias no cargo, Musk se despediu afirmando que continuará como conselheiro informal e focará em suas empresas. O fim da parceria, antes estratégica, terminou em um ruidoso "divórcio" político.