O chef e sócio do restaurante Brasido, Fernando Mack, rompeu o silêncio nesta sexta-feira (25) e reagiu com firmeza às acusações de estelionato envolvendo a formação societária do empreendimento. Em nota oficial, Mack nega qualquer prática ilegal e afirma estar sendo alvo de uma tentativa de coação por parte de empresários que teriam investido no negócio sem formalizar a sociedade.
Segundo o grupo de investidores, o aporte total teria sido de aproximadamente R$ 2,8 milhões. Eles alegam que Mack se recusou a oficializar a sociedade, o que motivou a denúncia. O chef, por sua vez, afirma que os acusadores se recusaram a integrar legalmente o capital social da empresa para fugir de obrigações fiscais e agora tentam reaver os valores com "juros extorsivos e ilegais".
"Trata-se de uma acusação leviana e usada como ferramenta de pressão em uma disputa societária ainda em andamento", afirma o comunicado assinado por Mack. Ele também acusa os empresários de não demonstrarem interesse em acessar a documentação financeira do Brasido, apesar de os dados estarem disponíveis.
A nota ainda menciona que, durante todo o período, os supostos sócios participaram ativamente do cotidiano do restaurante e chegaram a se apresentar publicamente como proprietários, inclusive em eventos e redes sociais.
Mack informou ter prestado esclarecimentos à polícia e promete acionar judicialmente os envolvidos por calúnia e tentativa de dano à sua imagem e à do restaurante. "Vamos responder com a verdade e nos manter firmes no propósito de seguir fazendo do Brasido um espaço de excelência para nossos clientes, colaboradores e parceiros", declarou.
Justiça nega liminar por falta de provas sobre sociedade
A disputa jurídica ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, quando a Justiça negou o pedido de liminar feito pelo empresário Crispim Iponema Brasil. Ele solicitava o reconhecimento de uma sociedade de fato com Mack e o pagamento de dividendos supostamente atrasados.
Na decisão, a juíza Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro considerou que ainda não há elementos suficientes que comprovem a existência formal da sociedade. A magistrada apontou que a chamada "Carta de Intenções" apresentada por Crispim não tem assinatura de Mack e que o aporte financeiro de R$ 250 mil, alegadamente referente a 5% das cotas, ainda carece de comprovação robusta.
Com a liminar negada e a tentativa de conciliação sem acordo, o caso seguirá para instrução e coleta de provas. Até lá, o impasse societário do Brasido permanece aberto – agora também com reflexos criminais.