A polícia da República Tcheca formalmente acusou um jovem de 22 anos e seus dois cúmplices por operarem uma clínica odontológica ilegal em Havlickuv Brod. De acordo com as autoridades, o trio familiar tratou diversos pacientes sem possuir licença profissional, confiando apenas em instruções encontradas na internet. Todos os envolvidos confessaram suas várias acusações relacionadas à prática ilegal da odontologia. O jovem realizava procedimentos complexos, como extrações dentárias e tratamentos de canal, e aplicava anestesia, utilizando apenas conhecimentos adquiridos online.
A operação ilegal teve início há dois anos, quando o grupo estabeleceu o consultório sem licença em sua própria residência. O trio é composto pelo falso dentista de 22 anos, uma mulher de 50 anos que atuava como enfermeira e um homem de 44 anos responsável pela produção de próteses dentárias. De acordo com a BBC, os suspeitos foram presos no início de junho, e as acusações formais foram apresentadas esta semana. Os crimes incluem operação de negócio ilegal, lavagem de dinheiro, tentativa de agressão, tráfico de drogas e roubo. Todos confessaram os crimes e agora estão sujeitos a penas que podem chegar a oito anos de prisão. O esquema ilegal resultou em aproximadamente quatro milhões de coroas tchecas, correspondentes a mais de R$ 1 milhão.
A porta-voz da polícia, Michaela Lebrova, não comentou se a investigação foi desencadeada por denúncias feitas por pacientes. Em comunicado oficial, a polícia afirmou: "A mulher, que trabalhava no setor de saúde, fornecia anestésicos e outros materiais odontológicos aos quais tinha acesso, como obturações, pó de limpeza, cola, material de impressão e muito mais." Sobre o jovem, as autoridades declararam: "Um homem de 22 anos se fazia passar por dentista, apesar de não possuir o conhecimento profissional necessário."