Em uma carta enviada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (13), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, classificou os recentes ataques militares israelenses como uma “declaração de guerra” e exigiu uma resposta urgente do órgão internacional para conter o que chamou de agressão injustificada contra seu país.
A ofensiva israelense, batizada de “Rising Lion”, teve início na madrugada e atingiu mais de cem alvos estratégicos, incluindo instalações nucleares como a usina de Natan, e provocou a morte de figuras centrais do comando militar iraniano. Entre os mortos estão o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária desde 2019, o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, além de seis cientistas nucleares e outros altos oficiais.
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Em reação, o Irã lançou uma série de ataques com mais de cem drones contra o território israelense, que foram em grande parte interceptados, mas marcaram o início de uma escalada com promessa de retaliações “amargas e dolorosas”. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas afirmou que Teerã “não terá limites” em sua resposta, reforçando a gravidade do conflito.
O governo iraniano acusa Israel de violar a Carta da ONU e demanda que o Conselho de Segurança se posicione contra essa ofensiva, que, segundo Teerã, compromete a estabilidade regional e mundial.
Do lado israelense, a justificativa para os ataques é a necessidade de impedir o avanço do programa nuclear iraniano, especialmente após o colapso das negociações entre Irã e Estados Unidos sobre o controle do enriquecimento de urânio — ponto central das tensões.
No cenário internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou a pressão sobre o Irã para fechar um acordo, alertando que a continuidade da crise resultará em ainda mais “morte e destruição”. Em seu comunicado, Trump escreveu que “ainda há tempo para evitar um massacre maior, mas o Irã deve agir rápido”.
Em meio a essa grave escalada, o mundo acompanha apreensivo o desenrolar das próximas semanas, em que a diplomacia e a força se chocam na região mais volátil do planeta.
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