A Comissão Eleitoral do pleito da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) acolheu o pedido Ministério Público de Mato Grosso e decidiu que a Associação Atlética Camponovense de Futebol – AACF não poderá votar na eleição que ocorre neste sábado (3). A decisão foi tomada devido a possíveis irregularidades no custeio de encargos da AACF por terceiros, especificamente pelo presidente da Chapa “Federação para Todos”.
Após receber a notícia-crime e manifestação do MP, a Comissão Eleitoral solicitou uma manifestação da chapa “Federação para Todos”, liderada por Dorileo, que optou por não se manifestar. Diante disso, a Comissão decidiu desconsiderar a tentativa de regularização da AACF pelo candidato a presidente da chapa "Federação para Todos" e excluí-la do Colégio Eleitoral devido aos indícios de práticas antiéticas.
O Ministério Público abriu uma investigação contra João Dorileo Leal pela suposta prática de corrupção privada no esporte, a pedido da chapa "Progresso no Futebol", liderada por Aron Dresch. A investigação se baseia na suspeita de que Dorileo teria utilizado recursos próprios para quitar dívidas do Clube Associação Camponovense de Futebol (ACCF) com o objetivo de influenciar o voto na eleição da FMF.
O pagamento realizado por Dorileo é considerado abuso de poder econômico e coação do voto, conforme previsto na Lei Geral do Esporte. A solicitação de inclusão do clube no colégio eleitoral também levanta suspeitas, uma vez que foi feita por um advogado ligado à chapa de Dorileo, e não pelo ACCF em si.
A eleição para a nova diretoria da Federação está marcada para este sábado (3), às 9h, na sede da entidade, em Cuiabá, e será conduzida com independência pelo Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), sem interferência da atual diretoria.
