Da Redação
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitou à Justiça de Cuiabá a troca do advogado nomeado para intervir na Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF). A CBF quer que o advogado Luciano Dahmer Hocsman, que preside a Federação Gaúcha de Futebol, assuma o posto no lugar de Thiago Dayan da Luz Barros, que foi indicado pela juíza Ana Cristina Silva Mendes. O pedido, feito nesta terça-feira (27), busca evitar problemas maiores para o futebol mato-grossense, incluindo possíveis sanções da FIFA.
A CBF argumenta que a intervenção judicial, como foi feita inicialmente, pode trazer sérias consequências. A entidade cita o artigo 19 do estatuto da FIFA, que proíbe a interferência de autoridades externas na nomeação de dirigentes de federações. Segundo a CBF, se a FIFA não reconhecer a gestão provisória, isso pode causar prejuízos ainda maiores ao futebol de Mato Grosso. Apesar de reconhecer que há um "vácuo de poder" na FMF – já que o mandato do ex-presidente Aron Dresch terminou sem novas eleições –, a CBF defende que a solução deveria vir de dentro do próprio sistema desportivo, com ela mesma indicando um interventor.
Por isso, a CBF já propôs o nome de Luciano Hocsman, que, por sua experiência na gestão esportiva, seria mais adequado para comandar a FMF de forma neutra até que um novo processo eleitoral seja concluído. A confederação pediu à Justiça que reconsidere a nomeação anterior e aceite o nome por ela proposto. O caso começou com uma ação da Associação Camponovense Celeiro de Futebol, que questiona o processo eleitoral da FMF por supostas irregularidades. A juíza, ao nomear Thiago Dayan, alegou que a medida era excepcional para garantir a continuidade da entidade. A Justiça ainda não se manifestou sobre o novo pedido da CBF.
Fonte: Olhar Direto