Após a identificação de que alguns produtos da Nestlé não correspondiam aos ingredientes anunciados em suas embalagens, a empresa foi autuada pelo Procon-SP por práticas de publicidade enganosa reincidentes, resultando em possíveis multas de quase R$ 13 milhões. Essa não é a primeira vez que a empresa de alimentos enfrenta problemas relacionados à qualidade de seus produtos.
Em 2021, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) denunciou a Nestlé ao Procon-SP por quatro produtos que promoviam o mel em suas embalagens, mas não continham o ingrediente em sua composição. Além disso, foram identificados aditivos alimentares do tipo aromatizante e uma alta concentração de açúcares nesses produtos. A Senacon também notificou a empresa sobre esse caso em 2022.
No mesmo ano, a Nestlé foi questionada pelo Procon-SP sobre a diferença entre os produtos "Mistura Láctea Condensada de Leite, Soro de Leite e Amido – Moça" e "Leite Condensado – Moça", assim como entre a "Mistura de Creme de Leite – Moça" e o "Creme de Leite Original – Moça".
A empresa foi acusada de comercializar produtos que poderiam confundir os consumidores devido à semelhança com seus produtos originais no mercado. Posteriormente, em 2024, o Idec enviou uma denúncia à Anvisa contra a Nestlé por não cumprir as regras de aplicação da lupa nutricional em suas embalagens, o que viola a legislação vigente.
Recentemente, o Procon-SP autuou a Nestlé por continuar a comercializar produtos com informações enganosas sobre seus ingredientes. Caso as irregularidades sejam confirmadas, a empresa poderá receber uma multa significativa.
Em resposta, a Nestlé alegou que os produtos em questão já não fazem mais parte de seu portfólio, tendo sido descontinuados nos anos anteriores. A empresa também se comprometeu a prestar esclarecimentos sobre as práticas questionadas e a revisar os processos de rotulagem em conformidade com as normas da Anvisa.
