A partir desta sexta-feira (7), trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada podem transferir seus empréstimos consignados para outros bancos e, assim, tentar reduzir os juros e economizar no bolso. A novidade faz parte do Crédito do Trabalhador, programa criado pelo governo federal para ampliar o acesso ao crédito com desconto em folha.
A funcionalidade de portabilidade já está disponível no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e promete aumentar a concorrência entre as instituições financeiras, o que pode resultar em taxas mais vantajosas para os empregados celetistas.
Para facilitar a escolha, uma calculadora desenvolvida pelo jornal O GLOBO permite ao trabalhador comparar as condições entre diferentes bancos e simular quanto pode economizar ao migrar sua dívida. A medida deve beneficiar milhões de brasileiros que já possuem crédito consignado ou pretendem contratar.
Além dos novos contratos, a portabilidade também se aplica aos antigos empréstimos firmados com bancos que mantinham convênios específicos com empresas do setor privado. Até então, renegociar esses débitos exigia contato direto com as instituições financeiras, o que tornava o processo mais burocrático.
Lançado no fim de março, o Crédito do Trabalhador é uma das apostas do governo Lula para estimular a economia e reconquistar a confiança popular. Estima-se que cerca de 46 milhões de brasileiros possam ser atendidos pela nova linha de crédito.
Apesar do avanço na concessão com mais de R$ 13 bilhões liberados para 2,3 milhões de trabalhadores até o final de maio, segundo o Ministério do Trabalho , especialistas alertam que as taxas de juros ainda estão acima daquelas praticadas nos convênios antigos.
Como comparação, em abril deste ano, o total de empréstimos consignados contratados no país foi de R$ 20,5 bilhões, segundo dados do Banco Central. Com a nova possibilidade de portabilidade, a tendência é que esse mercado aqueça ainda mais.
Fique atento: comparar as opções antes de contratar ou migrar uma dívida pode significar economia real e mais controle sobre as finanças pessoais.