Mais de R$ 1 bilhão foram desviados de bancos brasileiros em um ataque hacker que já é considerado o maior da história do sistema financeiro nacional. O crime teve como alvo a C&M Software, empresa homologada e fiscalizada pelo Banco Central (BC), responsável por intermediar transações como Pix, TED e DDA entre instituições financeiras.
A ofensiva cibernética, segundo revelaram Brazil Journal e Folha de S.Paulo, explorou uma vulnerabilidade no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que permitiu aos criminosos realizar transferências fraudulentas sem acionar alertas imediatos. O dinheiro foi desviado em velocidade extrema e convertido rapidamente em criptomoedas como Bitcoin e USDT, dificultando o rastreamento pelas autoridades.
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Diante da gravidade da invasão, o Banco Central determinou o corte imediato do acesso das instituições financeiras ao sistema operado pela C&M Software. A medida, embora emergencial, trouxe instabilidade para algumas operações bancárias de grande escala e expôs a fragilidade de uma estrutura centralizada sob regulação estatal.
A Polícia Federal, em conjunto com o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), já conduz uma investigação ampla sobre o ataque, que levanta sérias questões sobre a segurança dos sistemas controlados por empresas homologadas pelo Estado. Críticos alertam que, mais uma vez, o excesso de confiança em soluções centralizadas e burocráticas acaba abrindo espaço para riscos sistêmicos.
O caso acende um alerta sobre a dependência de estruturas estatais e a necessidade de alternativas mais seguras e descentralizadas.