A comercialização antecipada da soja do ciclo 2025/26 em Mato Grosso atingiu 14,15% da projeção de safra futura. Os dados, divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira, indicam que, embora tenha havido um crescimento mensal de 3,44 pontos percentuais, o ritmo das vendas está aquém dos patamares registrados em anos anteriores. No mesmo período do ano passado, por exemplo, a comercialização da safra futura já alcançava 16,51%. A média histórica dos últimos cinco anos para esta época é de mais de um quarto da colheita futura vendida antecipadamente.
Com base nas projeções preliminares de área e produtividade, o Imea estima que a produção de soja em Mato Grosso para 2025/26 cujo plantio começará em meados de setembro possa chegar a 47,18 milhões de toneladas.
Para a safra 2024/25, que já foi colhida, 76% da produção já foi comercializada, com um avanço mensal de 5,47 pontos percentuais. No entanto, esse número também é ligeiramente inferior ao registrado no mesmo período da safra 2023/2024 (77,90%) e está abaixo da média histórica de 82,39%.
Cenário do Milho: Colheita Começa e Vendas Seguem Ritmo Variável
A comercialização do milho da safra 2024/25 em Mato Grosso, que está em fase inicial de colheita, alcançou 51,05% da produção total, segundo o Imea. O avanço mensal foi de 7,35 pontos percentuais. Esse desempenho supera o da safra anterior neste mesmo período (36,17%), mas permanece abaixo da média dos últimos cinco anos, que é de 60,85%.
A estimativa mais recente do Imea aponta que a colheita do cereal em Mato Grosso deverá superar 50 milhões de toneladas.
Já para a safra de milho 2025/26, que será plantada apenas no próximo ano, os produtores já fixaram vendas de 5,83% da produção esperada, com um avanço mensal de 2 pontos percentuais. Embora esse desempenho seja superior ao registrado no mesmo período do ano anterior para a safra futura (2,92%), ainda está atrás da média histórica de 15%.
Esses dados refletem uma postura mais cautelosa dos produtores mato-grossenses, que parecem estar aguardando melhores oportunidades de preço no mercado para avançar com a comercialização de suas futuras safras.