O bioma Pantanal, conhecido como a maior área úmida contínua do mundo, está sendo o destaque de uma exposição fotográfica impactante na Europa. O objetivo é transformar a arte em ativismo ambiental e conscientizar a comunidade internacional sobre a grave crise climática que afeta a região.
Com o título de "Água Pantanal Fogo", a exposição apresenta 76 imagens que retratam a realidade pantaneira de forma contrastante, capturadas pelos renomados fotodocumentaristas brasileiros Lalo de Almeida e Luciano Candisani.
As fotos documentam a devastação causada pelos incêndios de 2020, evidenciando a destruição de 26% do Pantanal e a perda de mais de 17 milhões de animais.
Por outro lado, Luciano Candisani compartilha a beleza exuberante das águas do Pantanal, por meio de fotografias aéreas, terrestres e subaquáticas feitas durante os períodos de cheia do bioma.
A importância de preservar o Pantanal é ressaltada pela ambientalista Teresa Bracher, coordenadora do projeto, que enfatiza a necessidade de levar essa mensagem para além das fronteiras do Brasil.
A exposição, com curadoria de Eder Chiodetto, já atraiu milhares de visitantes em São Paulo e Hamburgo, antes de chegar a Lisboa. Após a capital portuguesa, a mostra seguirá para Berlim e tem planos para passar por outras cidades importantes da Europa.
O presidente da SOS Pantanal, Alexandre Bossi, destaca o impacto positivo da exposição na sensibilização de investidores ambientais europeus. O bioma Pantanal, declarado Patrimônio Nacional, enfrenta constantes ameaças como o desmatamento, a poluição e os efeitos da crise climática.
A exposição "Água Pantanal Fogo" é uma oportunidade crucial para destacar a importância da preservação desse ecossistema único e essencial para o equilíbrio climático regional e global.